Auto-Retrato de Andy Warhol: cosa bella mortal passa, et non dura
Andy Warhol, Self-Portrait, 1979
A sua persona omnipresente e invisível é aqui retratada por ele próprio, mostrando-nos um rosto fantasmagórico que reflete sobre a sua efemeridade. O olhar é vazio, consciente e meditativo, como que recordando todos os seus prazeres, numa incessante procura da sua identidade. A mortalidade sempre o assombrou e a negação da sua condição permitiu que o seu trabalho funcionasse como uma espécie de espelho, refletindo com clareza as fraquezas e vaidades do nosso tempo. Esta polaroid captou um instante, semelhante a uma bolha de sabão que paira pelo ar mas que em segundos desaparece.
Jacques de Gheyn II, Vanitas Still Life, 1603
Georges de La Tour, The Penitant Magdalene, 1640
Jean Siméon Chardin, Soap Bubbles, 1734
Comments